Estudantes dos 5º anos realizaram atividades constantes desde meados de abril acerca da 4º Edição da Olimpíada de Português. O envolvimento foi Atividades direcionadas e programadas foi pleno pelos professores Helder Bruno, Monaliza, Raquel e Kelly Vasconcelos.
Foram momentos intensos e de uma construção de muito proveito, observando as várias linguagens na categoria Poema, que foi a categoria contemplada para os quintos anos.
Após intensas atividades, houve a premiação para um aluno, escolhendo o melhor poema de cada turma.
Acompanhe abaixo alguns momentos;
Premiação com entrega de caixa de bombons e de certificado pós a hora cívica no pátio da Escola Classe 317 contendo cartazes para divulgação pública, momento este em que foram lidos os melhores poemas de acordo com as seleções por parte de cada professor de cada turma do quinto ano:
Após esse momento, foi selecionado o melhor poema escolhido que foi o da aluna da professora Kelly Vasconcelos do quinto ano A, a aluna Iasmim Durães. O texto fora enviado via plataforma da olimpíada de Português e algum tempo depois recebemos a celebre notícia de nossa aluna ser contemplada para participar da Etapa Regional que acontece em Belo Horizonte/MG de 28 a 31 de outubro para a premiação regional. A escola recebeu uma faixa com divulgação e mais que evidente a comemoração foi sem precedentes tanto no incentivo da equipe gestora nas pessoas da Diretora Cleide Carvalho e do Vice-Diretor Ivaldo Gitirana que apoio e acompanhou as aulas de pesquisas mediadas acerca de poesia/poema no laboratório de informática, como também de todos os outros agentes em específico a professora Kelly Vasconcelos que se debruçou juntamente com a turma para conquistar tal mérito.
Acompanhe abaixo algumas imagens desse momento em que a faixa fora entregue na escola:
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Abaixo fotos de momentos da Diretora Cleide e da Aluna Iasmim no trajeto da viagem de avião ate Belo Horizonte /MG e também já no evento da premiação regional, onde a aluna foi entrevistada por uma equipe de TV:
Professora: Kelly
Vasconcelos da Paz Dias.
Fui
informada, pela direção da escola, sobre a Olimpíada de Português (categoria
poemas). Nunca havia participado, mas não tive dúvidas em aceitar o convite e
disse sim prontamente. Mas veio um certo receio: “Como eu ajudaria os alunos a
escrever poemas? Eu conseguiria? E as crianças conseguiriam?”. Pensei, então,
que seria complicado, mas segui com o objetivo de fazermos o nosso melhor.
Em
primeiro lugar, a turma já estava estudando sobre o tema. Já tínhamos analisado
alguns poemas de Cecília Meireles e de Vinícius de Morais. Portanto, noções de
verso, estrofes e rimas não eram novidade quando começamos a participar da
Olimpíada de Português. Mas, até ali, tratava-se de ler e compreender o sentido
dos poemas. A produção seria um desafio e uma grande aventura.
Então,
começamos nossa participação seguindo as oficinas da Olimpíada de Português.
A
primeira aula das oficinas ocorreu no laboratório de informática da escola.
Como os alunos já sabiam sobre versos, estrofes, rimas, poesia... partimos para
a prática no jogo de Poema (na página escrevendo o futuro) e os alunos puderam
exercitar suas rimas com os personagens Ema e Tico. Alunos, em frente aos
computadores, sorrindo e brincando de rimar.
Ainda
no laboratório de informática, os alunos foram incentivados a pesquisar na
internet, com a ajuda do vice-diretor da escola, sobre poema, poesia e tipos de
rimas. Senti, nessa primeira aula, que os alunos ficaram muitos entusiasmados
com o fato de conseguirem rimar palavras.
Aproveitando
o entusiasmo dos alunos, na aula seguinte, foi proposto um desafio: criar suas
rimas em versos. No início, os alunos disseram que seria difícil e não
conseguiriam. Com incentivo e alguns exemplos escritos no quadro, eles se
sentiram mais seguros para começar. Foram dadas algumas palavras simples para
que as crianças fizessem dois versos rimando. E, aos poucos, os estudantes
foram vencendo o desafio. Versos foram surgindo e vi alegria no rosto de alguns
alunos que não se sentiam capazes de produzir algo que lhes parecia tão
complexo.
E
assim, as aulas foram seguindo. De leitura e análise, fomos para criação de
versos e, depois, pequenas estrofes. Pude observar que os estudantes escreviam
muito sobre o tema “amor”. Então, comecei a explorar esse tema e partimos para
a criação de rimas alternadas, emparelhadas, internas, externas etc.
Como
os alunos já estavam se sentindo seguros para criar suas estrofes, seguimos com
as oficinas. Partimos para denotação e conotação. Usamos expressões conhecidas
dos alunos como “Maria é uma onça.” Percebi que eles entenderam rapidamente as
figuras de linguagem: metáfora e comparação. Depois de um exercício com orações
bem simples no quadro, resolvi mostrar a “mágica” do sentido figurado: Passei a
música “Dois rios” da banda Skank. Para eles, parecia “coisa de maluco” (foi
isso que disseram). A música não parecia ter sentido algum. Então, comecei a
mostrar o sentido figurado com a forma tão poética que existe na música. Pude
sentir que eles ficaram maravilhados com o jeito que o compositor usou as
palavras e a criatividade. Com o passar dos dias, fui apresentando outras
músicas e poemas com conotação. Um mundo novo surgiu a cada leitura.
Veio,
então, o próximo desafio: construir versos e até mesmo estrofes com sentido
figurado. Sempre usando o material de apoio, os alunos liam os poemas indicados
pelas oficinas e, depois, partiam para a prática. Para mim, foi incrível ver
que eles estavam conseguindo, criando e até se divertindo ao ver seu potencial.
O
desafio seguinte foi “brincar” com a prosopopéia. Passamos algumas aulas vendo
exemplos de personificação em poemas e músicas. Pesquisei tudo que pude na
internet para levar todos os exemplos possíveis. Na hora da criação de estrofes
com personificação, mais uma vez, ficou claro que o tema “amor” surgia com
facilidade. Então continuei deixando os estudantes à vontade para usarem o tema
que quisessem.
As
aulas foram acontecendo, as oficinas sendo bem exploradas e percebi que aquele meu
receio lá do início já havia acabado.
Aos
poucos, já com os conhecimentos adquiridos nas oficinas, comecei a pedir
estrofes e poemas com temas específicos. Alguns tiveram dificuldade.porque só
queriam falar de amor. Percebi uma barreira nesse momento. Alunos que estavam
criando tão bem seus poemas, dizendo que não conseguiam mais. Comecei a sugerir
temas bem próximos ao que eles tanto gostam. Assim, começaram a escrever sobre
amor de mãe, amor pela escola, amor pela família... O tema continuou sendo o
mesmo, mas de forma diferente. Consegui fazer com que vários alunos produzissem
seus poemas com outros temas, mas ainda falando de amor. Foi uma vitória! E,
sinceramente, foi o desafio mais difícil: escrever temas diversos. Mas deu
certo! E com essa etapa cumprida, passamos a direcionar o nosso trabalho para o
tema do poema que eles deveriam fazer para a competição.
Trabalhamos
os poemas que a oficina indicou. Busquei outros e músicas também. Começamos a
criar metáforas, personificações... tudo dentro do tema. Mas outra dificuldade
surgiu: O que escrever sobre o lugar onde vivo? Moramos no Distrito Federal, na
Região Administrativa de Samambaia. Percebi a angústia de alguns alunos. Eles
vivem aqui, conhecem o lugar, estudam sobre a cidade, mas era como se esse
assunto não lhes fosse íntimo o suficiente para fazer surgirem as rimas. Tive,
então, uma ideia: Pedi para que eles falassem sobre a quadra onde moram. As
lojas, a padaria, as pessoas na rua, as brincadeiras... Percebi que eles
conseguiam falar com mais propriedade sobre os arredores de suas residências.
Com
mais essa dificuldade resolvida, os estudantes partiram para as rimas e seus
poemas foram surgindo com uma alegria que só um professor conhece: de ter seus
alunos superando limites.
Com
o prazo perto de terminar, o poema da minha aluna Iasmin Durães Cardoso foi escolhido para representar a
nossa turma. Mais três poemas (das outras três turmas de 5º ano) foram escolhidos. Os quatro foram analisados pela
Comissão Julgadora Escolar. A direção, que esteve sempre auxiliando o nosso
trabalho, fez uma homenagem aos 4 alunos que tiveram seus poemas escolhidos.
Fizemos uma hora cívica com a leitura dos poemas e entrega de caixa de bombom
para cada finalista da escola. Para a minha felicidade, o de Iasmin foi eleito
para representar a nossa escola.
E com muita alegria e orgulho de toda a minha turma,
escrevo esse relato. Usei, nele, a palavra desafio várias vezes de forma
proposital porque foi assim que me senti: desafiada a me superar e a ajudar
meus alunos a entender que eles são capazes de superar suas dificuldades.
Que venham novos desafios, competições, obstáculos... E
que possamos nos empenhar para superar e sorrir com resultados tão positivos
quanto os que eu tive na Olimpíada de Português 2014.
Segue nossos cumprimentos honrosos em todos os envolvidos nessa importante conquista.
Ivaldo Gitirana
Vice-Diretor e editor do Blog 317